Cineastas ucranianos protestam em Cannes contra genocídio russo

Um grupo de cineastas da Ucrânia organizou um protesto no tapete vermelho do Festival de Cannes

O tapete vermelho de Cannes tem recebido vários protestos nos últimos anos. Foto: Reprodução/YouTube
O tapete vermelho de Cannes tem recebido vários protestos nos últimos anos. Foto: Reprodução/YouTube
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

O genocídio russo contra a Ucrânia continua em pauta nas diversas esferas globais, incluindo o tapete vermelho do Festival de Cannes, onde um grupo de cineastas ucranianos se reuniu para protestar contra os ataques violentos e voltar a alertar o mundo sobre a importância de se discutir o assunto. 

O protesto aconteceu nesta quarta-feira (25) e foi conduzido pela equipe do filme "Butterfly Vision", que segurava um cartaz com a seguinte frase: “Russos matam ucranianos. Você acha ofensivo ou perturbador falar sobre esse genocídio?”

A manifestação ainda foi além, com os cineastas cobrindo seus rostos com quadrados que representavam o símbolo de bloqueio de conteúdo nas redes sociais. O famoso olho cruzado representa um sinal de alerta para os internautas sobre um possível conteúdo "sensível", e os cineastas que protestarem em Cannes argumentavam sobre a necessidade de se mostrar a crueldade da guerra. 

Confira a imagem do protesto de cineastas ucranianos no tapete vermelho do Festival de Cannes (créditos para o Insider):

Este não é o primeiro protesto que acontece na atual edição do Festival de Cannes. Na última semana, um protesto alertava a mídia e, consequentemente, o público sobre a violência sexual contra mulheres na Ucrânia. Na mesma semana, uma outra manifestação no tapete vermelho do festival argumentava contra a violência doméstica na França. 

Protesto brasileiro em Cannes

Em 2021, um protesto brasileiro ganhou destaque no tapete vermelho de Cannes, logo após a exibição do filme "Marinheiro das Montanhas", do cearense Karim Aïnouz. Na ocasião, um cartaz foi levantado para criticar o governo Bolsonaro e alertar sobre a queda da democracia no Brasil. O cartaz dizia "fora gangster genocida" e foi apoiado pelo próprio presidente de Júri do festival, o lendário Spike Lee, que criticou líderes nacionais como Donald Trump, Jair Bolsonaro e Vladimir Putin. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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