Cineastas ucranianos protestam em Cannes contra genocídio russo
Um grupo de cineastas da Ucrânia organizou um protesto no tapete vermelho do Festival de Cannes
O genocídio russo contra a Ucrânia continua em pauta nas diversas esferas globais, incluindo o tapete vermelho do Festival de Cannes, onde um grupo de cineastas ucranianos se reuniu para protestar contra os ataques violentos e voltar a alertar o mundo sobre a importância de se discutir o assunto.
O protesto aconteceu nesta quarta-feira (25) e foi conduzido pela equipe do filme "Butterfly Vision", que segurava um cartaz com a seguinte frase: “Russos matam ucranianos. Você acha ofensivo ou perturbador falar sobre esse genocídio?”
A manifestação ainda foi além, com os cineastas cobrindo seus rostos com quadrados que representavam o símbolo de bloqueio de conteúdo nas redes sociais. O famoso olho cruzado representa um sinal de alerta para os internautas sobre um possível conteúdo "sensível", e os cineastas que protestarem em Cannes argumentavam sobre a necessidade de se mostrar a crueldade da guerra.
Confira a imagem do protesto de cineastas ucranianos no tapete vermelho do Festival de Cannes (créditos para o Insider):
Ukrainian film cast, crew launch Cannes red carpet protest against Russian invasion at own premiere https://t.co/S1kyi1FEhO pic.twitter.com/8JKM9ng9GR
— Business Insider SA🇿🇦 (@BISouthAfrica) May 25, 2022
Este não é o primeiro protesto que acontece na atual edição do Festival de Cannes. Na última semana, um protesto alertava a mídia e, consequentemente, o público sobre a violência sexual contra mulheres na Ucrânia. Na mesma semana, uma outra manifestação no tapete vermelho do festival argumentava contra a violência doméstica na França.
Protesto brasileiro em Cannes
Em 2021, um protesto brasileiro ganhou destaque no tapete vermelho de Cannes, logo após a exibição do filme "Marinheiro das Montanhas", do cearense Karim Aïnouz. Na ocasião, um cartaz foi levantado para criticar o governo Bolsonaro e alertar sobre a queda da democracia no Brasil. O cartaz dizia "fora gangster genocida" e foi apoiado pelo próprio presidente de Júri do festival, o lendário Spike Lee, que criticou líderes nacionais como Donald Trump, Jair Bolsonaro e Vladimir Putin.